Depois de cinco anos solteira, tempo em que teve que lidar com a dura realidade o fim de um casamento de dez anos, Alice encontrou uma nova alma gêmea para dividir sua cama, seu cotidiano e seus sonhos para o futuro. No início, o caminho era de flores e pedras preciosas. Afinidades brotavam pelos poros. Gostavam das mesmas coisas, tinham senso de humor, adoravam animais, música e ficar em casa lendo, vendo filmes e cozinhando.
Mas os milhares de anos em que o sexo masculino dominou o feminino acabaram por mostrar as suas garras. E, como as mulheres são por natureza "adaptáveis e cuidadoras", quando se dão conta estão casadas com um cara chato, dependente, cheio de manias, e que acredita ser o dono do pedaço. A diferença é que, hoje em dia, tudo isso acontece de uma forma sutil -afinal, qualquer desinformado sabe que não fica bem ser dominador, demonstrar truculência ou rigidez excessiva nos nossos tempos.
Alice foi percebendo as mudanças em pequenas coisas. Para começar, desapareceram alguns rituais tão agradáveis, como o jantar à luz de velas. Era uma hora gostosa de intimidade entre os dois, mas que, com o tempo, foi perdendo o glamour. Ele passou a sentar-se enquanto ela servia a comida e levantava da mesa antes de ela terminar, com a desculpa de que, se continuasse ali, ia comer demais. A conversa entre os dois também foi perdendo conteúdo: ele não se interessava pelo dia-a-dia dela e achava normal ficar na internet enquanto ela lavava a louça. Além disso, Alice fez uma descoberta importante: agora, quando pensa-va nos cinco anos que tinha passado sozinha, percebia que gostava muito da própria companhia. Adorava ficar sozinha e estava sentindo falta desses momentos.
Pensou que, depois de três casamentos, não queria mais corrigir o mundo dos homens. Eles são o que são. Só mesmo o tempo pode fazer as coisas mudarem mais do que a sua geração já fez mudar. Chega de carregar essa cruz! Alice queria era se divertir, queria a edição dos melhores momentos, queria só os passes para gol! Então, propôs morarem separados e só se encontrarem quando estivessem realmente a fim da companhia um do outro.Ele relutou um pouco. Homem não gosta de ficar sozinho, mas tanto ela insistiu que ele topou fazer uma experiência. Foi a salvação! Agora, quando os dois não estão bem, vão para suas respectivas casas. Não ficam mais implicando com a história pessoal do outro. Quando querem, ficam juntos, dormem juntos, mas não se obrigam mais a se aturar mutuamente. Alice conseguiu finalmente ter um companheiro -e não um marido reclamando que as cuecas dele não estão na gaveta.
Deu tão certo que resolveram formalizar a relação e se casar. Só pediram para mudar o texto final da cerimônia: 'Prometemos ficar juntos, mas em casas separadas, até enquanto formos felizes assim!'
Mas os milhares de anos em que o sexo masculino dominou o feminino acabaram por mostrar as suas garras. E, como as mulheres são por natureza "adaptáveis e cuidadoras", quando se dão conta estão casadas com um cara chato, dependente, cheio de manias, e que acredita ser o dono do pedaço. A diferença é que, hoje em dia, tudo isso acontece de uma forma sutil -afinal, qualquer desinformado sabe que não fica bem ser dominador, demonstrar truculência ou rigidez excessiva nos nossos tempos.
Alice foi percebendo as mudanças em pequenas coisas. Para começar, desapareceram alguns rituais tão agradáveis, como o jantar à luz de velas. Era uma hora gostosa de intimidade entre os dois, mas que, com o tempo, foi perdendo o glamour. Ele passou a sentar-se enquanto ela servia a comida e levantava da mesa antes de ela terminar, com a desculpa de que, se continuasse ali, ia comer demais. A conversa entre os dois também foi perdendo conteúdo: ele não se interessava pelo dia-a-dia dela e achava normal ficar na internet enquanto ela lavava a louça. Além disso, Alice fez uma descoberta importante: agora, quando pensa-va nos cinco anos que tinha passado sozinha, percebia que gostava muito da própria companhia. Adorava ficar sozinha e estava sentindo falta desses momentos.
Pensou que, depois de três casamentos, não queria mais corrigir o mundo dos homens. Eles são o que são. Só mesmo o tempo pode fazer as coisas mudarem mais do que a sua geração já fez mudar. Chega de carregar essa cruz! Alice queria era se divertir, queria a edição dos melhores momentos, queria só os passes para gol! Então, propôs morarem separados e só se encontrarem quando estivessem realmente a fim da companhia um do outro.Ele relutou um pouco. Homem não gosta de ficar sozinho, mas tanto ela insistiu que ele topou fazer uma experiência. Foi a salvação! Agora, quando os dois não estão bem, vão para suas respectivas casas. Não ficam mais implicando com a história pessoal do outro. Quando querem, ficam juntos, dormem juntos, mas não se obrigam mais a se aturar mutuamente. Alice conseguiu finalmente ter um companheiro -e não um marido reclamando que as cuecas dele não estão na gaveta.
Deu tão certo que resolveram formalizar a relação e se casar. Só pediram para mudar o texto final da cerimônia: 'Prometemos ficar juntos, mas em casas separadas, até enquanto formos felizes assim!'
Patricya Travassos – atriz e apresentadora do programa 'Alternativa Saúde', do canal GNT, e autora do livro 'Esse Sexo É Feminino'.
3 comentários:
Eu já vi um casamemento semelhante , a moça morava em BH e o moço em SP. Foi na época que eu morava no pensionato em BH. Mas não sei se deu certo. deve ter dado.
Com carinho Monica
A rotina as vezes "mata" um casamento. E para aqueles que não conseguem adpatar ao dia a dia essa é uma ótima solução.
Lisa
Sincronicidade.
Postei sobre amor e casamento hoje.
Ouvi a frase na novela ontem, dita pelo Stenio Garcia ( Dr. Castanho) e achei perfeita:
" Amor é um sonho.
Casamento é o despertador"
Ainda bem que essa "Alice" percebeu e acordou a tempo....
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