quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Faça o que for necessário para ser feliz.
Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, 
você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. 
(Mário Quintana)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

"Durante muito tempo parecia, que minha vida estava preste a começar. Havia sempre algum obstáculo, algo a ser transposto, algum assunto inacabado, algum tempo a ser desprendido, uma dívida a ser paga. Então a vida começaria. Por fim entendi que aqueles obstáculos eram a minha vida." Por Angela Guedes

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

SOBRE ELEGÂNCIA

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
A elegância de comportamento” é uma elegância própria, “desobrigada” e natural. Isso porque ela não tem a ver com manuais de etiqueta, mas com convicção pessoal. Trata-se de uma postura que decorre de um profundo respeito por si e pelo outro.E é por isso uma elegância desobrigada.


É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.É uma elegância desobrigada.



É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer... porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros.

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição...
É elegante a gentileza.

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. 

Atitudes gentis falam mais que mil imagens. Abrir a porta para alguém é muito elegante... Dar o lugar para alguém sentar, sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma. Oferecer ajuda.é muito elegante. Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante.

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social. Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.


Extraído do livro: EDUCAÇÃO ENFERRUJA POR FALTA DE USO, pintor francês Toulouse-Lautrec (1864-1901).