segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Comendo, rezando e amando..

Quem já não teve vontade de fazer isso:"Arrumar as malas e pegar um voo para uma terra distante, fugir do mundo, refletir sobre a vida e resgatar sua alma dos "fast foods" modernos, carreiras agitadas e namoros apressados.." é isso que propõe o filme "Comer, Rezar, Amar" que estreiou nos cinemas na ultima sexta-feira, baseado no livro de memórias de Elizabeth Gilbert e sua busca - atravessando o mundo - atrás de auto-descoberta.
Liz (no papel de Julia Roberts) é uma escritora que resolve tomar conta da sua vida e fazer um montão de coisas que tem vontade(viajar, conhecer(se), sentir(se) e aprender.. mesmo tendo abrir mão da vida de conforto e de um  casamento instável. Logo de cara no primeiro capítulo, ela aparece ajoelhada no meio da madrugada aos prantos, orando a Deus pela primeira vez, (a cena me tocou muito..)pedindo uma luz, uma saída, um sinal. É nesse momento que espontaneamente, o filme começa.
Liz tinha tudo o que uma mulher sonha ter – um marido, uma casa, uma carreira bem-sucedida e ainda sim -como muitas outras pessoas- ela está perdida, confusa vazia e em busca do que ela realmente deseja na vida. É quando ela pede o divórcio num momento decisivo, sai da zona de conforto, arriscando tudo para mudar sua vida, e embarca numa jornada ao redor do mundo que se transforma em uma busca por auto-conhecimento, escolhendo  três países cujo nome começam com I: Itália, Índia e Indonésia. Em suas viagens, ela descobre o verdadeiro prazer de comer na Itália; (o que achei a parte mais interessante e deliciosa do filme), Esta primeira é um filme passeio turístico e culinário... lá também ela conhece um grupo de amigos que a adota, levando-a para restaurantes e até para casas de campo, onde passam o feriado de Ação de Graças. É na Itália que ela começa a aprender a relaxar e a alegria de não fazer nada – o famoso dolce far niente.lá ela descobre os prazeres da boa comida, dos bons vinhos..  Na Índia, ela conhece Richard (no papel de Richard Jenkins), um texano que implica com o seu jeito desde a sua chegada, até que se torna seu amigo depois de confessar o seu verdadeiro motivo de estar ali. É na índia que  ela descobre o poder da oração. Depois de alimentar corpo e alma, Liz encontra parte pra Bali, na Indonésia, o seu último destino,onde ela encontra o equilíbrio e atão esperada paz interior que procurava. Quando chega na ilha, ela se instala na casa de um sábio curandeiro balinês, onde já esteve anos atrás. Lá, não só recebe lições de sabedoria, como também faz novos amigos; um deles é Felipe (Javier Bardem), o brasileiro que desperta em Liz a vontade de amar e se apaixonar de novo. Em Bali ela também conhece uma curandeira que havia perdido tudo ao separar-se do seu marido. ela junto da sua filha, são responsáveis pelo momento mais emocionante do longa : a doação da casa feita por Liz, sendo este o seu presente de aniversário.
O filme também homenageia a música nacional, com citações como o “Samba da benção”, aquele que diz que “é melhor ser alegre que ser triste”. O filme se passa na primeira pessoa, com Liz Gilbert contando as suas próprias experiências na passagem por essas três diferentes culturas, e suas reações a cada uma delas, onde ela mesma refuta seguir à risca os ensinamento, como se mostrasse que, mesmo as religiões não são – ou não deveriam ser – dogmas impostos, mas sugestões de comportamento. Por mais que a crítica tenha difamado o longa e caracterizado como mais um clichê, Comer rezar e amar é um belo filme para refletirmos sobre nossos valores e sobre nossa espiritualidade. Vale a pena conferir !

2 comentários:

Aninha disse...

oi queridaaaaa
eu fui ver esse filme no ultimo sábado. gostei, achei muito bom para refletirmos principalmente sobre relacionamentos e a maneira como levamos a vida no automático!
muito bomsss apesar de meio clichê (sejamos honestas, né)

besosssssssssssss

Bacouca disse...

Lisa,
Estou desejosa de ver o filme. Quem nunca teve essa necessidade de se encontrar sózinha, longe de apoios, de benesses, de qualidade de vida? Saber a fundo como reage, como confia, como resolve algo sem ajuda de ninguem. Sózinha! A mim já me apeteceu. Entrar ao fundo, no meu interior. Quando estive no Tibete, em Lhasa, despertou-me essa vontade enorme.
Um beijo